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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

CPM 22 Depois de um longo inverno


Com 16 anos de carreira a banda CPM 22 volta com a corda toda com o seu novo trabalho  “Depois de um Longo Inverno”. O novo CD foi lançado este ano. Após 4 anos sem  nenhuma novidade no meio musical, à banda ressurge mais madura, com um novo som, e independente. Após a quebra de contrato com o seu produtor e à gravadora Universal Music,  CPM 22 ressurge no cenário musical brasileiro, mostrando o que eles sabem fazer de melhor, muita música.

Formada desde 1995, na cidade de Barueri – SP, tem como membros Badauí (Vocalista), Japinha (Bateria), Luciano (Guitarra) e Heitor (Baixo). Com seu estilo hardcore melódico, já lançou no mercado 7 discografias. O integrante mais novo da banda é o Heitor que entrou no mês de Junho, deste ano, no lugar do baixista Fernando Sanches ,para acompanhar essa nova jornada do CPM.





E para quem acompanha à carreira desta banda, se questionou o motivo dessa quebra de contrato com uma gravadora tão poderosa e grande no cenário musical brasileiro. Para Badauí vocalista da banda, as ideias não batiam mais e o contrato já estava no fim por isso decidiram encerrar essa parceria.

Pergunto para o Badauí se encontrou alguma dificuldade ao voltar a ser independente novamente “Não foi muito traumático porque já sabemos trabalhar à banda profissionalmente. Hoje temos uma carreira construída, o nome já é conhecido, diferentemente do começo. Gravamos o disco do jeito que queríamos e gostamos muito do resultado.”  





Esse novo disco veio com a pegada mais hardcore e misturou um pouco de SKA, que Badauí informa que a banda sempre sofreu grande influência de PunkRock e SKA, e que os fãs aprovaram a nova sonoridade do novo álbum. Para o vocalista à única dificuldade que tem “É a falta do suporte de uma grande gravadora, que possa fazer esse jogo desleal em um meio sujo, onde grana e lobby falam mais alto do que a música. Mas temos o respeito do público e pessoas trabalhadoras do nosso lado.”

Para Badauí o meio musical está sofrendo uma grande deficiência em colocar boa música  no cenário brasileiro, interessando cada vez mais no dinheiro ao invés de boas bandas  “O mercado está ruim, o povo está muito conformado. O rock está deixando de lado as suas maiores características que são a seriedade, a postura e contestação. Virou coisa de criança e são elas que determinam o que é premiado ou divulgado com a complacência de grande parte da mídia que só pensa em dinheiro.”  

E essa falta de questionamento e “rebeldia” da sociedade brasileira em relação ao cenário musical, pode ser notada no Rock in Rio deste ano. Que foi uma grande produção musical, muito mais interessada, em arrecadar dinheiro, do que mostrar o que realmente as pessoas desejavam ver, que era mais nada do que o bom e velho Rock and Roll .

Deise Lima


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