Com 16 anos de carreira a banda CPM 22 volta com a corda
toda com o seu novo trabalho “Depois
de um Longo Inverno”. O novo CD foi lançado este ano. Após 4 anos sem nenhuma novidade no meio musical, à banda
ressurge mais madura, com um novo som, e independente. Após a quebra de
contrato com o seu produtor e à gravadora Universal Music, CPM 22 ressurge no cenário musical
brasileiro, mostrando o que eles sabem fazer de melhor, muita música.
Formada desde 1995, na cidade de Barueri – SP, tem como membros
Badauí (Vocalista), Japinha (Bateria), Luciano (Guitarra) e Heitor (Baixo). Com
seu estilo hardcore melódico, já lançou no mercado 7 discografias. O integrante
mais novo da banda é o Heitor que entrou no mês de Junho, deste ano, no lugar do baixista Fernando Sanches ,para
acompanhar essa nova jornada do CPM.
E para quem acompanha à carreira desta banda, se questionou
o motivo dessa quebra de contrato com uma gravadora tão poderosa e grande no
cenário musical brasileiro. Para Badauí vocalista da banda, as ideias não
batiam mais e o contrato já estava no fim por isso decidiram encerrar essa
parceria.
Pergunto para o Badauí se encontrou alguma dificuldade ao
voltar a ser independente novamente “Não foi muito traumático porque já sabemos
trabalhar à banda profissionalmente. Hoje temos uma carreira construída, o nome
já é conhecido, diferentemente do começo. Gravamos o disco do jeito que
queríamos e gostamos muito do resultado.”
Esse novo disco veio com a pegada mais hardcore e misturou um
pouco de SKA, que Badauí informa que a banda sempre sofreu grande influência de
PunkRock e SKA, e que os fãs aprovaram a nova sonoridade do novo álbum. Para o
vocalista à única dificuldade que tem “É a falta do suporte de uma grande
gravadora, que possa fazer esse jogo desleal em um meio sujo, onde grana e lobby
falam mais alto do que a música. Mas temos o respeito do público e pessoas
trabalhadoras do nosso lado.”
Para Badauí o meio musical está sofrendo uma grande
deficiência em colocar boa música no cenário brasileiro,
interessando cada vez mais no dinheiro ao invés de boas bandas “O mercado está ruim, o povo está muito conformado. O rock está
deixando de lado as suas maiores características que são a seriedade, a postura
e contestação. Virou coisa de criança e são elas que determinam o que é
premiado ou divulgado com a complacência de grande parte da mídia que só pensa
em dinheiro.”
E essa falta de questionamento e “rebeldia” da sociedade
brasileira em relação ao cenário musical, pode ser notada no Rock in Rio deste
ano. Que foi uma grande produção musical, muito mais interessada, em arrecadar
dinheiro, do que mostrar o que realmente as pessoas desejavam ver, que era mais
nada do que o bom e velho Rock and Roll .
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